O caminho do tabernáculo

 


O Caminho no Tabernáculo até o Santo dos Santos no tempo do rei Davi


Durante o tempo do rei Davi, o Templo de Salomão ainda não havia sido construído. O que existia era o Tabernáculo de Moisés, uma tenda móvel que havia sido instituída por Deus no deserto e continuava sendo usada em Israel como local de adoração.


Importante: O tabernáculo foi dividido em três partes:


1. Átrio Exterior (Pátio)


2. Lugar Santo


3. Santo dos Santos (ou Santíssimo Lugar)


Caminho simbólico e físico até o Santo dos Santos:




1. Porta do Tabernáculo (Entrada do Átrio)


O único acesso ao tabernáculo era por uma única entrada.


Simboliza Cristo como o único caminho ao Pai.


2. Altar do Holocausto


Era o primeiro item que se via ao entrar.


Aqui, os sacrifícios de animais eram oferecidos para expiação dos pecados.


Representa arrependimento e perdão.


3. Bacia de Bronze (Lavatório)


Usada pelos sacerdotes para se lavarem antes de entrar no Lugar Santo.


Simboliza purificação e santificação.



4. Lugar Santo


Ao passar pela segunda cortina, o sacerdote entrava no Lugar Santo, onde estavam:


Candelabro de Ouro (Menorá): luz contínua, símbolo da presença de Deus.


Mesa Altar de Incenso: de onde subia aroma agradável — símbolo de oração.



5. Cortina do Véu (Paróket)


Separava o Lugar Santo do Santo dos Santos.


Era extremamente espessa, representando o limite entre Deus e os homens.


Apenas o sumo sacerdote podia atravessá-la uma vez por ano (no Dia da Expiação — Yom Kippur).


6. Santo dos Santos (Santíssimo Lugar)


Era o local mais sagrado.

Continha a Arca da Aliança, onde repousava a glória de Deus (Shekinah).


Somente o sumo sacerdote tinha acesso, e apenas sob rigorosas condições.


📜 No Tempo de Davi:


A Arca da Aliança chegou a ser separada do tabernáculo por um tempo. Davi a trouxe de volta a Jerusalém (2 Samuel 6), mas não a levou imediatamente para o tabernáculo.


Em vez disso, ele a colocou em uma tenda especial em Sião, onde ele e os levitas adoravam com música e louvor (1 Crônicas 16).


1 Eles trouxeram a arca de Deus e a colocaram na tenda que Davi lhe havia preparado, e ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão diante de Deus.

2 Após oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, Davi abençoou o povo em nome do Senhor,

3 e deu um pão, um bolo de tâmaras e um bolo de uvas passas a cada homem e a cada mulher israelita.

4 Davi nomeou alguns dos levitas para ministrarem diante da arca do Senhor, fazendo petições, dando graças, e louvando o Senhor, o Deus de Israel.

5 Desses, Asafe era o chefe, Zacarias vinha em seguida, e depois Jeiel, Semiramote, Jeiel, Matitias, Eliabe, Benaia, Obede-Edom e Jeiel. Eles deviam tocar lira e harpa, enquanto Asafe tocava os címbalos.

6 Os sacerdotes Benaia e Jaaziel deviam tocar diariamente as trombetas diante da arca da aliança de Deus.

7 Foi naquele dia que pela primeira vez Davi encarregou a Asafe e seus parentes de louvar ao Senhor com salmos de gratidão:

8 Dêem graças ao Senhor, clamem pelo seu nome, divulguem entre as nações o que ele tem feito.

9 Cantem para ele, louvem-no; contem todos os seus atos maravilhosos.

10 Gloriem-se no seu santo nome; alegrem-se os corações dos que buscam o Senhor.

11 Olhem para o Senhor e para a sua força; busquem sempre a sua face.

12 Lembrem-se das maravilhas que ele fez, dos seus prodígios e das ordenanças que pronunciou,

13 ó descendentes de Israel, seu servo, ó filhos de Jacó, seus escolhidos.

14 Ele é o Senhor, o nosso Deus; seus domínio alcança toda a terra.

15 Para sempre se lembra da sua aliança, da palavra que ordenou para mil gerações,

16 da aliança que fez com Abraão, do juramento que fez a Isaque,

17 que confirmou para Jacó como um decreto, e para Israel como uma aliança eterna, dizendo:

18 "A vocês darei a terra de Canaã, a herança que possuirão".

19 Quando eles ainda eram poucos, muito poucos, e estrangeiros nela,

20 e vagueavam de nação em nação, de um reino a outro,

21 ele não permitiu que ninguém os oprimisse; por causa deles repreendeu reis, ordenando:

22 "Não maltratem os meus ungidos; não façam mal aos meus profetas".

23 Cantem ao Senhor, todas as terras! Proclamem a sua salvação dia após dia!

24 Anunciem a sua glória entre as nações, seus feitos maravilhosos entre todos os povos!

25 Pois o Senhor é grande e muitíssimo digno de louvor; ele deve ser mais temido que todos os deuses.

26 Pois todos os deuses das nações não passam de ídolos, mas o Senhor fez os céus.

27 O esplendor e a majestade estão diante dele; força e alegria na sua habitação.

28 Dêem ao Senhor, ó famílias das nações, dêem ao Senhor glória e força.

29 Dêem ao Senhor a glória devida ao seu nome. Tragam ofertas e venham à sua presença. Adorem o Senhor no esplendor da sua santidade,

30 tremam diante dele, todas as nações! Firmou o mundo, que não se abalará!

31 Que os céus se alegrem e a terra exulte, e diga-se entre as nações: "O Senhor reina! "

32 Ressoe o mar, e tudo o que nele existe; exultem os campos, e tudo o que neles há!

33 Então as árvores da floresta cantarão de alegria, cantarão diante do Senhor, pois ele vem julgar a terra.

34 Rendam graças ao Senhor, pois ele é bom; o seu amor dura para sempre.

35 Clamem: "Salva-nos, ó Deus, nosso Salvador! Reúne-nos e livra-nos das nações, para que demos graças ao teu santo nome e façamos do teu louvor a nossa glória".

36 Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel, de eternidade a eternidade. Então todo o povo exclamou: "Amém! " e "Louvado seja o Senhor! "

37 Então Davi deixou Asafe e seus parentes diante da arca da aliança do Senhor para ali ministrarem regularmente, de acordo com as prescrições para cada dia.

38 Também deixou Obede-Edom e seus sessenta e oito parentes para ministrarem com eles. Obede-Edom, filho de Jedutum, e também Hosa foram porteiros.

39 Davi deixou o sacerdote Zadoque e seus parentes sacerdotes diante do tabernáculo do Senhor em Gibeom

40 para regularmente, de manhã e à tarde, apresentarem holocaustos no altar de holocaustos, de acordo com tudo o que está escrito na Lei do Senhor, que ele deu a Israel.

41 Com eles estavam Hemã e Jedutum e os outros designados para darem graças ao Senhor, exclamando: "O seu amor dura para sempre".

42 Hemã e Jedutum eram responsáveis pelas trombetas, pelos címbalos e pelos outros instrumentos musicais para o culto. Os filhos de Jedutum foram designados como porteiros.

43 Então todo o povo partiu, cada um para a sua casa, e Davi voltou para casa para abençoar sua família.

Isso marca uma transição entre o culto levítico e o que viria a ser o Templo de Salomão.


Aplicação Espiritual (Para reflexão)


O caminho até o Santo dos Santos mostra que intimidade com Deus exige arrependimento, purificação, adoração, intercessão e reverência. No Novo Testamento, esse véu foi rasgado com a morte de Jesus (Mateus 27:51), abrindo livre acesso ao Pai.


Mateus 27:51 relata que, no momento da morte de Jesus, o véu do santuário do templo se rasgou em duas partes, de cima a baixo. Além disso, a terra tremeu e as rochas se partiram. 


O véu do templo:

O véu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo no templo, e era um símbolo da separação entre Deus e a humanidade. O seu rasgar, de alto a baixo, simboliza o acesso direto a Deus através de Jesus Cristo. 

Terremoto e rochas partidas:

O terremoto e a fenda nas rochas são sinais sobrenaturais que acompanham a morte de Jesus, enfatizando a importância do evento e a magnitude da obra de Cristo. 

Outros relatos:

Mateus 27:52-53 também menciona que os sepulcros se abriram e muitos corpos de santos ressuscitaram, entrando na cidade santa após a ressurreição de Jesus e aparecendo a muitos. O centurião e os soldados que guardavam Jesus ficaram com muito medo e reconheceram que ele era o Filho de Deus. 

Portanto, Mateus 27:51 é um versículo que descreve eventos sobrenaturais que ocorreram na crucificação de Jesus, enfatizando a importância da sua morte como um ponto de virada na história da salvação. 


Romanos 6:4

Portanto, fomos sepultados com Ele na morte por meio do batismo, com o propósito de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma nova vida.


Ou seja quando somos ressuscitados por Cristo, eventos extraordinários acontecem em nossa vida. Tem que acontecer!!! 


Ou nós acreditamos no que pregamos ou desistimos da caminhada. 


Pois Jesus Cristo é o único caminho para chegar a Deus.


Porque você é cristão? 

Porque você vem na igreja? 

Quem você é em Deus?

Qual a missão da igreja na terra? 


Mateus 10:8:

"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai." 


🌿 O Tabernáculo como metáfora da jornada interior do homem até o coração de Deus


Imagine que você é o Tabernáculo vivo. Seu corpo, mente e espírito são como as divisões do Tabernáculo — cada uma representando um estágio da sua caminhada com Deus.


1. O Átrio Exterior — O Corpo


É onde tudo começa. Assim como no Tabernáculo de Moisés, no átrio estão o Altar do Holocausto (sacrifício) e a Bacia de Bronze (purificação).


👉 No homem, o átrio representa o corpo e as atitudes externas. É quando reconhecemos nossas falhas, entregamos o que nos pesa (sacrifício) e buscamos limpeza (arrependimento e batismo).


2. O Lugar Santo — A Alma


Ao entrar mais fundo, chegamos ao Lugar Santo, onde estão a Mesa dos Pães da Proposição (comunhão), o Candelabro (iluminação espiritual), e o Altar de Incenso (oração).


👉 Na alma humana, este lugar simboliza os sentimentos, vontades e pensamentos. Aqui cultivamos intimidade com Deus, alimentamos a fé com a Palavra, buscamos direção e expressamos oração sincera. A adoração se aprofunda, e nosso ser interior começa a ser alinhado com o céu.


3. O Santo dos Santos — O Espírito


Finalmente, além do véu, está o Santo dos Santos, onde repousava a Arca da Aliança: símbolo da presença manifesta de Deus.


👉 No homem, este é o espírito renovado, o lugar mais íntimo, onde habita o Espírito Santo. Aqui não há máscaras, nem rituais — há comunhão plena com o Criador. É onde Deus fala com clareza, onde a identidade é restaurada e a adoração é em espírito e em verdade.




 Conclusão:

A jornada pelo Tabernáculo é a jornada da interiorização e santificação do homem. Começamos do lado de fora, com arrependimento e entrega, passamos pela transformação da mente e emoçõ

es, até finalmente entrarmos no lugar secreto, onde somos um com Deus.


Adorar é mais do que cantar — é permitir que Deus acesse cada parte de quem somos, até sermos completamente dEle.







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