SALVADOR DALI
Osnir Gonçalves, Francisco Morato, maio de 2018
O salvador dali é daqui também.
Salvador de mim!
O erro dos inimigos foi dizer-lhe: “Salva a ti mesmo, Salvador”.
Porque Ele, soberano reina sobre as Quedas!
O Salvador de todos
Está acolá, cá e doutro lado da alma.
Perscrutando nossa alma coletiva.
Sabendo que nossa calma coletiva é falsa e que estamos em pé-de-guerra.
O Salvador do Dali, Herdeiro de Davi,
Vê que a cabeça em chamas da girafa (de Dali e de mim) (ou se prefere da Mula-sem-cabeça – do sertão e das cidades cheias de coices e cavaludos); Ele vê que a cabeça em chamas é símbolo do nosso erro de Clamar por Girafas orgulhosas que miram tudo do alto. Temos nos tornado pessoas geneticamente “cabeça-quente”?
O nosso erro é que dizemos a nós mesmos: “Salva a ti mesmo, Salvador”.
Não basta um salvador dali ou daqui, mas um Salvador que sirva aos Dalis, e às muitas girafas, como eu!
Clamamos e elogiamos suas gavetas guarda-trecos. E ficamos assim: pescoçudos guardando trecos e rancores; dores e falsos salvadores dali e daqui.
Mas qual futuro pode haver para girafudos num mundo árido e seco, cheio de troncos e trecos sem frutos?
Na rua alguém grita: “aproveite o porta-trecos” (levam nosso dinheiro e ainda nos incentivam a guardar coisas que vemos com nosso pescoço girafudo). Quando as girafas brigam acontece literalmente os Pescotapas!
Vês? Vês, por onde andamos nós, girafas do deserto de dali?
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